terça-feira, 20 de dezembro de 2011

OS MELHORES TENISTAS DE 2011



Novak Djokovic e Petra Kvitova foram escolhidos os melhores tenistas da atual temporada. Nada de novo, já que as duas escolhas são praticamente indiscutíveis. No caso do tênis feminino, contudo, é possível argumentar que a jovem tcheca não é a número 1 do ranking. A segunda colocação de Kvitova não esconde, porém, que os feitos mais relevantes de 2011 foram dela.

O ranking, aliás, é praticamente simbólico nesta escolha – até porque são apenas 115 pontinhos que separam Kvitova de Wozniacki. O que pesa mesmo são dois títulos nos cinco eventos mais importantes do calendário. Wimbledon e o WTA Championship.

Deixemos Istambul de lado por um segundo. Kvitova ganhou Wimbledon, “o” Slam. Um torneio, é verdade, que sempre destacou tenistas com o perfil da tcheca. Ao mesmo tempo, é o Slam que tem talvez o grupo mais seleto de campeãs. E nem dá para dizer que Kvitova deu sorte na chave e derrotou uma Cetkovska ou uma Barthel nas rodadas finais. Suas últimas rivais em Londres foram Azarenka e Sharapova.

Derrotar Maria em uma final, por si só, é um feito e tanto. A tcheca sacou bem, atacou o instável serviço da russa e não tremeu quando teve a chance de fechar a porta na cara da adversária. Não é simples como alguém eventualmente pode pensar. É o torneio com mais história, mais mística. É o mais cobiçado pela maioria dos tenistas. É preciso ser muito forte mentalmente para vencer assim.

Kvitova só enfrentou Wozniacki uma vez no ano – em Istambul. Não foi o melhor dos momentos da dinamarquesa, e a tcheca passou por cima. Nenhum demérito para a número 1. Naquela semana, Petra estava imbatível. Impôs seu jogo agressivo desde o primeiro dia e, embora com momentos de inconstância (e quem não os tem na WTA?), não esteve sequer perto de ser derrotada no WTA Championship.

Wimbledon e Istambul já seriam suficientes para uma grande temporada de Kvitova, mas ela ainda tinha algo guardado para seu país. Ela foi a Moscou, venceu dois jogos e conquistou a Fed Cup – com importante ajuda da dupla tcheca, Lucie Hradecka e Kveta Peschke.

Some isso tudo e não há argumentos que justifiquem dar a outra tenista o prêmio de melhor tenista do ano. O mais cobiçado dos Slams, o torneio mais importante da WTA e a competição de maior prestígio entre países. Foi mesmo Petra Kvitova quem mais brilhou em 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário